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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Inclusão social para pessoas especiais


Sabe, estive pensando sobre a inclusão social atualmente, e vi que com o passar dos anos a questão dos deficientes e tudo que os afetam tem escancarado a sociedade, o que torna o assunto muito mais aberto a discussões. Está mais fácil falar, porém ainda difícil ver e fazer valer os direitos dos deficientes.

Para tratar desse assunto tem que se fazer primeiramente um preparo psicológico acerca do ser humano que há por trás da deficiência, pois o fato de possuir uma limitação não o reprimi ou diminui como pessoa, apenas o diferencia dos demais, levando em conta que todos nós somos diferentes e únicos.

A questão inicial parte do respeito, aprendendo a respeitar o próximo, não só porque existem leis, mas sim porque você está lidando com outro ser humano, você deve parar e racioncinar da seguinte forma, o que eu não quero que seja feito para mim não irei fazer para meu próximo. Quem dera que as pessoas usassem isso como freio para demonstrar um mínimo de respeito possível sobre as diferenças. Depois que a mente está preparada para o diferente, as coisas fluem naturalmente, a pessoa aceita mais fácil e não acha coisa de outro mundo um deficiente.

Percebi que além da questão psicológica, tem também a parte educativa, que são as escolas. O que adianta querer colocar crianças especiais nas escolas de ensino regular e não ter estrutura básica para atendimento? Será que uma sala com um monitor é o suficiente? A resposta é não, lógico. Para se acolher todas as crianças com necessidades especiais, tem que ter um aparato total de espaço físico, equipamentos, orientação para as crianças sobre o respeio com as diferenças e capacitação de pessoal, este último item essencial, pois ainda se tem muita dificuldade de encontrar profissionais que estejam interessados em expandir seus conhecimentos e participar da inclusão, nem todos os educadores possuem perfil adequado, o qual seria de ter uma característica primordial, a de ser paciente, quando se tem isso fica mais fácil de lidar com obstáculos e adversidades.

Outra questão importante está no meio onde vivemos, ou seja, todos os acessos que nos permitem transitar pela cidade, o que adianta ter uma placa dizendo "travessia para cegos"? Como alguma pessoa deficiente visual vai ver isso? a falta de sinalização auditiva é um dos itens escassos e que na maioria das cidades do país não existe. E com relação aos ônibus com suporte para transportar cadeirantes, está uma calamidade a falta de preparo dos funcionários que usam o equipamento, além disso nem todos os transportes possui tal adaptação. Nas calçadas o que mais se vê são rampas, mas os poderes públicos tem que entender que rampa não é o suficiente para dizer que está fazendo algo em prol da inclusão. E ainda tem aquelas pessoas que estacionam nas vagas para deficientes, essas são as pessoas mais mal educadas que se pode ter como exemplo do que não fazer. Devia haver uma punição maior para que estacionasse nessas vagas, só assim pensariam mais antes de ficar ocupando espaço de quem precisa.

Enfim, o ponto chave que dissolva todos os impecílios da inclusão continua sendo a educação, pois quando se consegue educar um ser humano para respeitar o seu semelhante, a vida fica mais leve e os problemas que vão surgindo ficam mais fácieis de resolver. Pense nisso.

Abraxos!

Um comentário:

  1. Concordo com o seu desabafo Querida.
    Vimos um grande elenco de desigualdades que refletem a realidade social do Brasil de hoje. Há inúmeros problemas no nosso país, alguns muito simples de serem resolvidos, outros que já demandam um maior esforço, mas basicamente, todos podem ser superados. Muitos deles podem ser resolvidos a partir de políticas voltadas para programas educacionais com o intuito de capacitar professores e gestores para lidar com esse público específico, esclarecer a população sobre determinadas inverdades que tocam a vida em sociedade. Um destes problemas é a situação atual das pessoas com alguma deficiência ou limitações.

    Vítimas de problemas congênitos, enfermidades ou causas traumatológicas, essas pessoas perfazem grande parte dos excluídos no Amapá e no Brasil, sendo quase sempre esquecidos nos porões da desigualdade, pois grande parte da sociedade brasileira nutre-se ainda da idéia de que todo deficiente, pela sua própria limitação e condição, torna-se um inválido. Uma idéia torpe, visto que as melhores qualidades de um indivíduo limitado pela deficiência podem se refletir por outros meios e potenciais, não somente pelas mãos e pernas, mas também pelo seu cérebro. A sociedade ainda não conseguiu entender que o maior potencial humano está em sua mente, capaz de produzir os mais belos frutos, mesmo com limitações motoras como é o caso das crianças com paralisia cerebral. Para alguns, mais do que deficientes estes indivíduos passam a idéia de seres imperfeitos. Este conceito é errôneo porque não se leva em conta o que as pessoas deficientes fazem ou podem fazer e sim o que não fazem.

    Piedade, protecionismo ou paternalismo ofendem a dignidade do indivíduo com alguma deficiência. Felizmente, hoje, no nosso estado assim como em todo Brasil, já existe uma maior conscientização do respeito devido aos deficientes, haja visto a inclusão de vagas específicas para pessoas com alguma deficiência em concursos públicos. O deficiente tem direito à uma posição digna que o ajude a se habilitar e se integrar ao mundo, oferecendo-lhe condições e oportunidades de mostrar toda a sua capacidade inata e ainda não usufruída. Esta integração junto à comunidade se configura quando lhe estão garantidos os direitos à uma vida digna, com educação, trabalho, esporte, enfim, com todas as oportunidades oferecidas a um cidadão comum, mas observando-se suas dificuldades e limitações.

    Além do direito ao trabalho, à educação e outras atividades inerentes a qualquer cidadão comum, o deficiente físico tem garantido o seu "direito" de ir e vir, locomovendo-se para onde "desejar". Entretanto, muitas vezes, este direito é barrado por um simples degrau, por exemplo. Quando da construção de edifícios e predios públicos, há que ser observada a legislação que prevê o acesso adequado dessas pessoas nestes lugares, evitando-se de excluir o deficiente de realizar desejos de sua vontade mais simples como ir ao banheiro, por exemplo.

    Os deficientes físicas tiveram muitas "conquistas" nos últimos anos. Na verdade, como em todos os segmentos sociais, as conquistas dos deficientes são resultados de seus próprios trabalhos, principalmente através das entidades que os representam, por meio de protestos e reivindicações das mais variadas. Aqui no nosso Estado esses efeitos ainda são mínimos, a sociedade precisa compreender que as pessoas deficientes representam 10 % da população brasileira e, por este motivo, devem ser vistos como sujeitos passivos de direitos como qualquer outro cidadão.

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